dc.description | Este artigo tem como principal objetivo analisar a hipótese de recrudescimento
da violência doméstica a partir da experiência do isolamento social com efeitos sobre
a saúde mental dos membros da família. A violência contra a mulher é algo cultural e
enraizado na nossa sociedade, combater esse tipo de agressão seja ela tanto física,
quanto psicológica, moral, sexual e patrimonial é algo constante na vida das mulheres
(OKABAYASHI; TASSARA; CASACA; FALCÃO; BELLINI, 2021).
Nesse novo contexto que estamos vivendo de pandemia, resultou em um
aumento gigantesco desses conflitos, onde a violência doméstica contra a mulher é
um problema de saúde pública que tem como consequência mais grave o feminicídio.
Define-se violência contra a mulher como sendo qualquer ato violento baseado no
gênero que resulte, ou possa resultar, em danos psicológicos, sexuais ou físicos, ou
sofrimento da mulher, incluindo ameaças de tais atos, coerção ou privação arbitrária
da liberdade, caso ocorra na vida pública ou privada (OKABAYASHI; TASSARA;
CASACA; FALCÃO; BELLINI, 2021).
No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
considerou a COVID-19 como uma pandemia, significando que a disseminação do
vírus é mundial. A partir do momento que essa doença passa a preocupar não só uma
nação e sim o mundo inteiro, medidas de prevenção devem ser tomadas
rigorosamente para a proteção dos indivíduos. A OMS recomenda que os governos
estimulem a quarentena, o distanciamento social e consequentemente o isolamento
durante um período até onde a doença possa estar controlada novamente (OPAS,
2021).
Quando a doença não está sendo controlada, medidas ainda mais rigorosas
devem ser tomadas, como o lockdown, um protocolo de isolamento total, onde só
funcionam serviços essenciais, como farmácias, hospitais, bancos, a fim de controlar
a disseminação do vírus e reduzir o número de mortes. Contudo, com essas medidas
mais rigorosas, tem-se um aumento na proliferação de sofrimento psíquico e social,
devido à restrição de contato físico com outras pessoas (ALBUQUERQUE, 2021). De
acordo com esse novo contexto que estamos vivendo, a estruturação familiar, social,
econômica, teve que ser modificada. A sociedade passou a encontrar novas formas
de se relacionar com as pessoas, novas formas de trabalhar, novas formas de se
portar na sociedade diante dessa nova circunstância. | pt_BR |
dc.description.abstract | Family relationships in the context of the Covid-19 pandemic have become a great
challenge of coexistence, leading some cases to physical and mental exhaustion,
since social isolation was a historic milestone for the entire population, where everyone
had to readapt to the new context. . In this way, the article presents as a hypothesis
the resurgence of family conflicts from the experience of social isolation as a result of
the Covid-19 pandemic, with effects on the mental health of family members. The
general objective of the study was to analyze the impacts on the mental health of
women that occurred in the social isolation of the context of the Covid-19 Pandemic. It
is also a literature review with a narrative character, of a qualitative nature with content
analysis. As a result, it points to the participation of Psychology in research related to
discussions of the contextualization of social isolation, as well as the impacts on
domestic routine and family relationships, with a consequence the impacts of the
pandemic in the context of domestic violence and with a margin in the reference theory
based on behavior analysis.
Keywords: Social Isolation. Family relationships. Covid-19. Mental health. Domestic
violence. Behavior Analysis. | pt_BR |
dc.description.resumo | As relações familiares no contexto da pandemia de Covid-19 se tornaram um grande
desafio de convivência, levando alguns casos ao esgotamento físico e mental, visto
que o isolamento social foi um marco histórico para toda população, onde todos
tiveram que se readaptar ao novo contexto. Deste modo, o artigo apresenta como
hipótese o recrudescimento de conflitos familiares a partir da experiência do
isolamento social em decorrência da pandemia da Covid-19, com efeitos sobre a
saúde mental dos membros da família. O objetivo geral do estudo foi analisar os
impactos causados na saúde mental das mulheres ocorridas no isolamento social do
contexto da Pandemia Covid-19. Trata-se ainda de uma revisão de literatura com
caráter narrativo, de cunho qualitativo com análise de conteúdo. Como resultados,
aponta-se para a participação da Psicologia em pesquisas relacionadas às discussões
da contextualização do isolamento social, bem como os impactos na rotina doméstica
e nas relações familiares, com consequência os impactos da pandemia no contexto
da violência doméstica e com margem no referencial teórico baseado na análise do
comportamento.
Palavras-chave: Isolamento Social. Relações Familiares. Covid-19. Saúde mental.
Violência Doméstica. Análise do Comportamento. | pt_BR |